A esta hora, na infância neva | ©Bruno Simão
Destaque
Companhia Maior e Victor Hugo Pontes
Domingo, às 17h
Segunda-feira, Quarta-feira (sessão filmada pela RTP), e Quinta-feira (sessão com audiodescrição), às 20h
A esta hora, na infância neva*
Nesta criação com a Companhia Maior, Victor Hugo Pontes segue uma via eminentemente física, inspirado pelo potencial do corpo que já viveu muito tempo – um contraponto com a sua experiência prévia de trabalhar com adolescentes. Se na pujança da juventude interfere a falta de experiência e autodomínio, na idade maior as limitações são resolvidas com a experiência de palco. Que idiossincrasias se fazem anunciar na fisicalidade destes intérpretes que têm um longo percurso gravado no corpo? Para esta pergunta, Victor Hugo Pontes propôs-se encontrar uma afirmação coreográfica.
Em cena, corpos de diferentes idades sobrepõem-se para evidenciar o contraste, por um lado, mas também para elogiar a beleza do físico amadurecido: um corpo na dança que perdeu força e velocidade mas que comporta memória existencial e ganhou definição e intenção. As gerações mais novas criam um espelho que nos permite reflectir sobre o que ainda somos, daquilo que fomos... um gatilho do passado, para o futuro em aberto, num presente onde, como escreveu Manuel António Pina, “as cicatrizes do coração permanecem”**, em que o esquecimento é também sabedoria e a infância reaparece, refinada.
[* e **] “A esta hora, na infância neva”, poema de Manuel António Pina em Cuidados Intensivos, 1994.
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