Victor Hugo Pontes, professor, encenador, cenógrafo e mais reconhecido como coreógrafo, nasceu em 1978, Guimarães e vive no Porto. O seu trabalho reflete a sua formação multidisciplinar em artes plásticas pela Faculdade de Belas Artes da UP e em teatro pelo Balleteatro, complementada por uma posterior formação em dança, no curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança. Fez o curso de Encenação de Teatro na FC Gulbenkian, dirigido pela companhia inglesa Third Angel, e, em 2006, o curso do Projet Thierry Salmon – La Nouvelle École des Maîtres, dirigido por Pippo Delbono, na Bélgica e Itália. Foi assistente de encenação de Nuno Cardoso durante dez anos.

As suas obras coreográficas, caracterizadas pela combinação de recursos da dança, teatro e música, utilizam cenografias complexas, movimentos expressivos e textos adaptados de obras literárias, criando uma linguagem própria, singular e distintiva no panorama da dança contemporânea portuguesa. Tem desenvolvido projetos com os mais variados elencos, trabalhando com intérpretes com e sem formação em artes performativas e de diferentes faixas etárias, explorando um universo artístico inclusivo e diversificado. Ao longo da sua carreira, colaborou com diversos artistas como Jorge Andrade, Marcos Martins, Joana Craveiro, Joana Gama, Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves. 

O seu trabalho tem sido amplamente apresentado em território nacional, passando por teatros como TNSJ, TMPorto, CCB e, em países como Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Itália, Países Baixos. Foi nomeado para os Prémios SPA na categoria de Dança – Melhor Coreografia, com A Ballet Story e Os Três Irmãos e, em 2019, venceu nessa categoria com Margem. Integrou o programa DanceWeb 2017 do Festival ImPulsTanz, como bolseiro da FCGulbenkian. Em 2024 Há Qualquer Coisa Prestes a Acontecer foi considerado pelo Jornal Público como um dos 10 melhores espectáculos do ano.

É desde 2009 diretor artístico da Nome Próprio – Associação Cultural, que fundou em 2000.

Victor Hugo Pontes
© Estelle Valente

Como coreógrafo / encenador, criou Puzzle (Festival da Fábrica / 2003), Voz Off (NEC – Quadros de Dança / 2003), Laboratório (Fundação Calouste Gulbenkian / 2005), 100 Palavras (em parceria com Wilma Moutinho, NEC – Inter.faces / 2005), Ícones (2006), Voyeur (NEC – Quadros de Dança / 2006), Fotomontagem (NEC / 2006), Ensaio (Fundação Calouste Gulbenkian / 2007), Manual de Instruções (CCVF/ NEC/ O Espaço do Tempo / 2009), Vice-Versa (Teatro Maria Matos / CCVF/ Teatro Viriato / Teatro do Campo Alegre / NEC / 2010), Rendez-vous (O Espaço do Tempo (Portugal) / Uzès Danse (França) / TanzWerkstaat Berlin (Alemanha) / 2010), T3+1 (Ao Cabo Teatro / TNSJ / 2010) Fuga Sem Fim (Companhia Instável /2011), A Ballet Story (Nome Próprio / Guimarães Capital da Cultura 2012 /2012), A Íntima Farsa de JP Simões (São Luiz Teatro Municipal / 2012), A Strange Land (Nome Próprio/Ao Cabo Teatro / Guimarães Capital da Cultura 2012 /2012), ZOO (Nome Próprio, TNSJ, Teatro Maria Matos, CCVF / 2013) e OCIDENTE de Rémis de Vos (Ao Cabo Teatro, as Boas Raparigas / 2013), COPPIA, em parceria com Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves (CCB e Nome Próprio /2014), FALL (Câmara Municipal do Porto, CC Vila Flor, Maria Matos Teatro Municipal e Theatro Circo / 2014), CAIR (Nome Próprio, CCVila Flor, Maria Matos Teatro Municipal / 2015), ORLANDO com Sara Carinhas (Nome Próprio, Teatro Municipal do Porto, Fundação Calouste Gulbenkian / 2015), SE ALGUMA VEZ PRECISARES DA MINHA VIDA, VEM E TOMA-A (Nome Próprio, Centro Cultural de Belém, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Nacional São João e Teatro Viriato / 2016), UNÍSSONO - Composição para cinco bailarinos (Nome Próprio, Teatro Municipal São Luiz, Teatro Municipal do Porto / 2016), CARNAVAL, a convite da Companhia Nacional de Bailado (2016), NOCTURNO, com Joana Gama (Nome Próprio, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto e CCB / Fábrica das Artes / 2017), MARGEM (Nome Próprio, CCB / Fábrica das Artes e Teatro Aveirense / 2018), DRAMA (Nome Próprio, CCVF, São Luiz Teatro Municipal e Teatro Municipal do Porto / 2019), MADRUGADA, a convite da Companhia Nacional de Bailado (2019), OS TRÊS IRMÃOS (Nome Próprio, Casa das Artes de VN Famalicão, Cineteatro Louletano, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto, Teatro Viriato / 2020), MEIO NO MEIO (Nome Próprio, Artemrede, São Luiz Teatro Municipal, com o apoio do programa PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian / 2021), Porque é infinito (Nome Próprio, Centro de Arte de Ovar, A Oficina / Centro Cultural Vila Flor, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Aveirense e Teatro Nacional São João / 2021), CORPO CLANDESTINO (Nome Próprio, A Oficina/CCVF, Centro de Arte de Ovar, Rota Clandestina | Município de Setúbal, Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Municipal do Porto, Théâtre de Liège e Theatro Circo / 2022) e BANTU (A Oficina/CCVF, Camões – Centro Cultural Português em Maputo, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, OPART/Estúdios Victor Córdon, Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Nacional São João / 2023).

Como assistente de encenação, trabalhou com Nuno Cardoso em Woyzeck, de Georg Büchner (2005), Plasticina, de Vassili Sigarev (2006), e Platónov, de Anton Tchékhov (2008), A Gaivota, de Anton Tchékhov (2010), todos produzidos pelo Teatro Nacional S. João ; Ricardo II e R2, de William Shakespeare (TNDM II / 2007), A Boa Pessoa de Sezuán, de Bertolt Brecht (Centro Dramático Galego / 2008), Jardim Zoológico de Cristal, de Tennessee Williams (Ao Cabo Teatro / 2009), Jornada para a Noite de Eugene O`neill, (TEP / 2010), As Três Irmãs, de Anton Tchékhov (TNDM II / 2011), Desejo Sob os Ulmeiros de Eugene O`neill, (Ao Cabo Teatro / Teatro do Bolhão / 2011), Medida Por Medida, de William Shakespeare (Guimarães 2012 / Ao Cabo teatro / TNSJ / S. Luiz Teatro Municipal), Porto S. Bento (TNSJ/ Ao Cabo Teatro/ 2012), A Visita da Velha Senhora de Friedrich Durrenmatt (Ao Cabo Teatro / Companhia Maior / CCVF / São Luiz Teatro Municipal / 2013) e Class Enemy de Nigel Williams (Ao Cabo Teatro /TnBA / 2013), Coriolano de William Shakespeare (TNDM II / 2014).

Desde 2004, é responsável pela cenografia da banda Clã, tendo em 2008 realizado, juntamente com Hélder Gonçalves, o videoclip «Amuo», e em 2014 realizou e coreógrafou o videoclip «A Paz Não Te Cai Bem» da mesma banda. Foi o responsável pela direcção cénica do espectáculo/concerto Barbie Suzie Dolly Polly Pocket (TNSJ / 2009) e Disco Voador (2011).

Desde 2003, é docente do Curso de Teatro e Dança do Balleteatro Escola Profissional. Em 2011 foi convidado para dirigir o Projecto Final do Curso de Mestrado em Teatro, Tu que és filho de Agamémnon de Miguel Castro Caldas, na Escola Superior de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria e a Prova de Aptidão Profissional do alunos da ACE com Punk Rock de Simon Stephens. Actualmente é docente da Universidade do Minho no curso de Teatro.

Entre 2003 e 2006, foi seleccionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores.

Em 2005, representou Portugal nos Repérages – Rencontres Internationales de la Jeune Choréographie, em Lille. Em 2008, representou Portugal na Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, em Bari, Itália.

Em 2010 foi seleccionado pelo projecto Intradance para dirigir a companhia russa Liquid Theatre, para a qual criou o espectáculo Far Away From Here apresentado em Maio de 2010, em Moscovo (Rússia). Em 2013 foi convidado pelo Festival Walk&Talk para dirigir juntamente com Marco Da Silva Ferreira o espectáculo A Ilha, para o Núcleo de Artes Performativas 37.25 no Açores. Foi o artista convidado do 8ª Laboratório Criativo da UNICER para o qual criou a performance InExterior, apresentada no CCB.

Desenvolve trabalho como actor, cenógrafo, professor, coreógrafo e encenador, tendo já trabalhado em França, Rússia, Bélgica, Itália, Espanha, Áustria, Brasil, entre outros países.

Em Março de 2007, venceu o 1º Prémio com o trabalho Ícones no 2nd International Choreography Competition Ludwigshafen 07 – No ballet, em Ludwigshafen, Alemanha. Em 2013 foi nomeado com o espectáculo A Ballet Story para os Prémios SPA na categoria de Dança – Melhor Coreografia, e em 2019 venceu o Prémio SPA na mesma categoria com o espectáculo MARGEM.

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